XANGÔ

20/03/2012 14:22

 

Xangô
É o orixá da justiça


 

Procurando refugiar-se de súbito temporal, corre por entre a misteriosa mata o desorientado andante.

As nuvens negras, o céu ameaçador incutem naquele ser um sentimento de temor; porém depara-se com uma abertura na rocha, que lhe servirá de abrigo e proteção.

As belas pontas de cristal, que em forma de pingentes caem do teto, formam figuras representativas, a ornamentarem um ambiente fantástico e de verdadeiro encantamento: é a morada de nosso Pai Xangô

Diversas são as passagens que levam a ele, que faz da mais alta pedra seu trono, coberto de ametista com reflexos amarelos que, banhadas pela luz de seus fluidos, tornam-se mais esplendorosas.

 

Porém, antes tão deslumbrante cenário criado pela original natureza, o andante vê, sentado pacificamente, um ancião forte , de cabelos de cabelos ralos e longos, que a neve do tempo branqueou. De olhar plácido e contemplativo, observa seus filhos a distância, julgando com justiça seus atos. Deitado a seus pés, submisso, o mais feroz dos animais: o bravio leão.


É Xangô que, enérgico e ao mesmo tempo dócil, justiça espiritualizada, pacificação dos homens, amor no desamor, harmonia entre a desarmonia, nos dá a paz até a ele chegarmos um dia.